Qual o papel dos tendões flexores na mão? Na evolução da espécie humana um dos grandes diferenciais em relação a outras espécies foi a capacidade de segurar objetos, condição fundamental para o manuseio e manipulação de instrumentais. Assim os tendões flexores, são cordas da mão, situadas na região anterior, que uma vez contraídos levam a dobra das articulações do punho e mão. Dado a sua importância para a função da mão, quando temos uma lesão dos flexores, teremos uma incapacidade de fletir os dedos, perdendo-se assim a função de preensão (segurar objetos) . O dedo que não dobra leva a um grande comprometimento da função da mão como um todo. Qual a gravidade da lesão dos tendões flexores da mão? A gravidade decorrente de um tendão cortado se deve ao fato de que estes tendões flexores passam por um intrincado sistema de túneis (polias), associado ao fato de que por serem estruturas com um componente elástico, tendem ao encurtamento. Assim, quando lesado, o tendão flexor, deve ser reparado o mais precocemente possível, com o cuidado de se preservar o sistema de polias Porque a cirurgia de reparo do tendão flexor requer cuidados especiais? Além do sistema de polias e do risco de encurtamento, a cirurgia exige um cuidado especial com a manipulação do tendão com o uso de uma sutura (costura) que garanta uma boa resistência que permita a reabiliatação precoce, sem risco de rompimento da sutura Quais os sinais de uma possível lesão de flexor da mão? Muitas vezes os pacientes referem-se a lesão de flexor da mão como tendão machucado. Este tipo de lesão em geral está associada a ferimentos cortantes(em geral faca), na região anterior da mão, podendo ou não estar associada a lesão de nervos que estão bastante próximos aos tendões. Uma forma simples de se observar a lesão é pedir que o paciente realize a flexão do dedo, e notamos que não consegue fazer a dobra do dedo de forma parcial ou total. O que fazer no momento do acidente? Como este tipo de lesão está associado, em geral, a um evento traumático, devemos fazer um curativo local compressivo para contenção o sangramento e procurar um serviço de urgência para a sutura da pele e confirmação da lesão. É preferível que o tratamento seja adiado, para que possa ser feito por um especialista em cirurgia da mão, pois o sucesso da reparação do tendão flexor depende de uma técnica cirúrgica refinada, e uma reabilitação específica . A sutura ou costura do tendão flexor, deve ser ao mesmo tempo resistente e minimamente traumática.
O que são? São lesões associadas a um mecanismo de alta energia, e portanto, com dano severo de estruturas de partes moles (músculo / tendão / nervo) e ósseas. Devido a sua gravidade, é importante o cuidado seriado visando o reparo das estruturas danificadas bem como a estabilização óssea para que se possa dar início ao processo de reabilitação funcional. Como são causadas? Por serem traumas de alta energia, estão associadas a acidente automobilístico, quedas de altura ou acidentes com máquinas industriais.
Como suspeitar de problemas relacionados a ligamentos do punho? Em geral temos uma história de queda sobre o punho, que no início suspeitou-se de apenas uma contusão que contudo não melhora com o tempo e cuidados locais. Se houver suspeita de lesão ligamentar, nem sempre o exame radiográfico é suficiente para se fazer o diagnóstico, devendo-se a critério médico recorrer a exame de ressonância magnética. Problemas nos punhos podem dar repercussão na força da mão? Pela proximidade e inter-relação funcional uma patologia que acometa o punho, via de regra leva a diminuição da força de preensão (segurar objetos ou apertar mão). E na mão, quais lesões ligamentares são mais frequentes e merecem cuidado especial? A lesão ligamentar das pequenas articulações dos dedos são as mais frequentes, sendo que levam a um aumento de volume da articulação e rigidez articular, que em geral deve ser abordada com mobilização precoce. No polegar temos a possibilidade de lesão na transição da falange com o metacarpiano que deve ser cuidadosamente avaliada pois a sequela de instabilidade (frouxidão) do polegar poderá causar grande limitação funcional principalmente para o movimento de pegar pequenos objetos (pinça).
O que caracteriza uma lesão do tendão extensor na mão ou punho? Basicamente, é caracterizada pela incapacidade de extender(esticar) os dedos ou o punho. Este diagnóstico fica bastante evidente quando solicitamos ao paciente que tente realizar o movimento de esticar o dedo ou punho. Estas cordas na região dorsal da mão e do punho, permitem com que os dedos armem a mão para que se possa fazer o movimento de flexão. O tendão extensor rompido, dependendo da região acometida leva a um tipo de deformidade específica. O que pode levar a uma lesão dos extensores? Podemos ter a lesão causada por um trauma fechado( sem corte) ou devido a um ferimento aberto (p.exemplo- ferimento por faca ou vidro). Nas lesões fechadas, podemos ter as causas inflamatórias( tenossinovite), que vão corroendo o tendão até que haja a sua ruptura. Nos dois tipos de causa da lesão, temos em comum o fato de que o paciente não consegue realizar a extensão do dedo ou punho Porque a lesão do tendão extensor é tão importante? Especialmente na mão, os tendões extensores, ao contrário dos flexores, realizam o movimento de esticar o punho e os dedos, tem um papel fundamental para que possamos realizar a função básica da mão que é a de segurar objetos. Graças aos extensores da mão podemos armar a mão, permitindo a sua maior abertura, o que vai permitir que os tendões flexores possam atuar em sua plenitude. Ou seja, apesar de serem tendões mais fracos, em relação aos flexores, a sua integridade é fundamental para o bom funcionamento da mão. Na lesão do extensor do dedo existe alguma deformidade característica? Dependendo do nível da lesão, podemos ter aspecto característico do dedo, como por exemplo, dedo em botoeira(boutonniere), dedo em pescoço de cisne( Swan-neck) e dedo em martelo(mallet finger) Qual é o tratamento da lesão do tendão extensor? Diferentemente dos tendões flexores, em alguns casos podemos optar pelo tratamento conservador, contudo existem critérios bem definidos para a indicação cirúrgica. Nestes casos, é fundamental que o tratamento seja realizado o mais precoce possível.
Observar a queda do dedo em sua extremidade, com incapacidade para realizar a extensão (dedo em martelo ou mallet finger)
Observar o aspecto do dedo do tipo pescoço de cisne (swan-neck)
Observar o aspecto do dedo com a deformidade do tipo botoeira (boutoniere)
Observar um corte no dorso do polegar que lesou o tendão extensor.
Observar um corte no dorso do polegar que lesou o tendão extensor, com incapacidade de realização da extensão do polegar.
O que é esta moléstia? Trata-se de uma doença genética progressiva em que temos a deposição de colágeno num tecido que já existe na mão chamado aponevrose palmar. Ou seja, na medida em que ocorre essa deposição há um espessamento de um tecido logo abaixo da pele na região da mão e dedos, que muitas vezes os leigos chamam de calos na mão, que na verdade são nódulos (espessamentos na mão), causados por esta doença. Há uma preferencia por raça e sexo para esta doença? Sim, o maior contingente de paciente é do sexo masculino, em geral de pele clara, com origem genealógica de países escandinavos ou do mediterrâneo. Como a doença de dupuytren se apresenta? Normalmente o paciente procura o atendimento médico, pois observa espessamento na palma da mão e percebe como se fossem cordas na mão, e que com o tempo levam o dedo a se dobrarem (deformidade em flexão do dedo). Assim o paciente percebe uma dificuldade de esticar o dedo. Como a doença se desenvolve ao longo do tempo? Ë muito variável a forma de progressão, podendo evoluir em meses ou anos. Na verdade o importante é fazer o acompanhamento de cada caso, para saber o melhor momento de intervir. Existe algum tratamento para evitar a moléstia de Dupuytren? Não, pois devido a sua característica genética a gravidade e o ritmo de progressão são variáveis, não havendo nenhum tratamento que possa interromper este processo. Todo paciente com moléstia de dupytren tem que operar? Não necessariamente, pois existem muitos casos em que a deformidade (dedos dobrados) evolui de forma muito lenta e leve, não justificando o tratamento cirúrgico. Afinal, quando devemos pensar em operar a moléstia de dupuytren? Quando a dobra dos dedos (dedos fletidos) se intensificarem, dificultando, por exemplo, abrir a mão para cumprimentar as pessoas ou mesmo colocar a mão no bolso da calça. Existe tratamento sem ser cirurgia? Existe medicamento (colagenase) que pode ser injetado nas cordas da mão e dedos e que tem como objetivo desfazê-las, levando a sua ruptura. Muitas vezes são necessárias várias aplicações para se conseguir a extensão completa do dedo. Apesar de parecer um tratamento atraente existem algumas complicações associadas a este método, o alto custo da medicação, a necessidade de várias aplicações e a possível rescidiva. Atualmente este tipo de droga ainda não está disponível no Brasil. Qual o tratamento mais utilizado para a moléstia de dupuytren? Sem dúvida, quando indicado o tratamento cirúrgico é o mais utilizado, havendo várias técnicas disponíveis, que podem fazer a ressecção parcial ou total (fasciectomia ou fasciotomia palmar) do tecido doente da palma da mão (aponevrose palmar). Os resultados cirúrgicos tendem a ser bastante satisfatórios quando bem indicados. O pós-operatório vai variar de acordo com o estágio da doença, nas formas mais graves (dedos mais dobrados) a pele da incisão (do corte) tem maior dificuldade de cicatrização tornando o pós-operatório mais trabalhoso. Portanto como mensagem devemos lembrar que não devemos esperar a doença evoluir de forma intensa (dedos muito dobrados) para tomar a decisão pela cirurgia.
Do que se trata a deformidade de Madelung? Na prática diária observamos que o leigo tende a se referir a esta deformidade como um punho ou pulso que entortou ao longo do crescimento do paciente. Neste caso indivíduo nasce com uma predisposição para apresentar uma deformidade do punho, que o leigo chama de punho ou pulso torto, com comprometimento estético local, que tende a aumentar até o final do crescimento ósseo, em geral entre os 15 a 16 anos. Esta deformidade do punho ou pulso costuma vir sozinha? A deformidade clássica de madelung tem associação com alguma forma de nanismo, ou seja, em que o paciente apresenta uma diminuição comprimento dos membros. Como saber se é Madelung ou não? Devemos lembrar que o madelung é um diagnóstico, sendo que a deformidade do tipo madelung pode estar presente em outras patologias, como por exemplo, pessoas que tem tendência a apresentar tumores ósseos do tipo exostose ósseos (saliências ósseas) às vezes palpáveis ou não. Outra possível causa que não deve ser confundida com madelung, é aquela em que o paciente apresentou uma consequência de fratura, que levou a uma destruição do local onde o osso cresce (lesão fisária) e que leva a uma parada de crescimento ósseo que leva a uma deformidade do punho. No caso o osso que para de crescer é o rádio, sendo a alteração estética visível na região do punho. A deformidade de Madelung tem alguma preferência por sexo, idade ou atividade profissional? Trata-se de uma patologia transmitida geneticamente, tem preferência pelo sexo feminino. Como a deformidade (entortar do punho) tende a piorar com o crescimento ósseo, o que observamos é que ela piora até o final da puberdade, período em que, normalmente devemos tomar uma posição sobre a necessidade ou não de cirurgia. Por se tratar de uma patologia de caráter genética, não há qualquer associação da atividade profissional com a piora do quadro. A deformidade de Madelung sempre dói? Apesar da deformidade do punho bastante evidente, nem sempre temos um quadro doloroso significativo, lembrando que esta informação é muito importante, pois pode definir a necessidade ou não de cirurgia. A cirurgia é sempre necessária? A necessidade de cirurgia no madelung deve ser muito ponderada, pois temos duas questões que devem ser consideradas na tomada de decisão. A dor nesta patologia é muito variável devendo ser avaliada a sua intensidade para que possamos tomar uma conduta cirúrgica. A deformidade estética poderá eventualmente ser uma indicação, contudo devemos lembrar o paciente, que neste quesito a melhora é apenas parcial. Via de regra a maior indicação cirúrgica é quando temos um quadro doloroso intenso.
Por que me preocupar com a uma simples mordida? Tanto em humanos como em animais, a quantidade de bactérias que se alojam na boca, em espacial nos dentes é muito grande, portanto numa simples mordida, podemos inocular (colocar) um grande número de bactérias dentro das partes moles do corpo, dando assim condições para que eles proliferem levando à um quadro infeccioso severo. Sintomas que preocupam numa lesão por mordedura. São aquelas em que se observa inchaço importante, calor, vermelhidão e dor contínua e progressiva ao longo de 24 horas. Quais os cuidados numa mordedura? Deve-se inicialmente fazer uma limpeza exaustiva, sendo que a critério médico, poderá ser necessária a limpeza com aumento da área de lesão visando a lavagem local e remoção de tecidos mortos. Importância do uso de antibióticos na mordedura. É fundamental considerando o alto grau de contaminação destas feridas, podendo ser por via oral ou endovenosa, dependendo da extensão e das circunstâncias em que ocorreu a lesão além das condições clínicas do paciente. Importante salientar a necessidade de checagem da vacinação para tétano.
O que é a paralisia obstétrica? Trata-se da perda de movimento do membro superior, que ocorre, como o nome já diz, no momento do parto devido a uma distensão entre a cabeça e o ombro da criança. Este desligamento de nervos no parto está relacionado a recém nascidos de maior peso, oque facilita a ocorrência deste evento. Dependendo da energia do trauma a paralisia do membro, pode estar associada a uma fratura da clavícula. Esta perda de movimento do braço (membro superior), pode ser total, pegando todo o membro ou parcial com paralisia do braço ou da mão. Trata-se portanto de uma lesão dos nervos que saem da região da coluna cervical( pescoço) e vão se distribuir para todo o membro superior. Dependendo do número de nervos e da sua localização vamos ter a apresentação clínica do paciente Como suspeitar da lesão do tipo paralisia obstétrica? A suspeita deve ser levantada sempre que observamos que o recém nascido não esboça movimento(parcial ou total) do membro superior logo ao nascimento. Esta observação deve ser feita tendo como comparação o outro lado(normal). Portanto temos uma flacidez do membro que poderá ser total ou parcial. Existe algum teste que auxilia neste diagnóstico? Uma manobra simples é a de cobrir com um pano os olhos da criança segurando o membro superior normal(não acometido). O reflexo natural da criança é o de tentar tirar o paninho do rosto, quando ela não consegue fazê-lo podemos suspeitar de uma lesão nervosa do membro. Como saber se a paralisia obstétrica( paralisia do recém nascido) é temporária ou permanente? É muito difícil estabelecer logo numa primeira avaliação se este desligamento de nervo do recém nascido é reversível ou não, espontaneamente. Alguns dados da avaliação clínica podem dar alguns indícios de que esta lesão possa ter um prognóstico favorável ou não. Os exames de imagem (ressonância, ultrassom) tem pouca utilidade devido a dificuldade de interpretação das imagens em recém nascidos. O exame do nervo( eletroneuromiografia) também tem uma série de limitações que dificultam a sua utilização para o diagnóstico e graduação da lesão. Portanto a avaliação clínica desses pacientes é fundamental. O que eu posso fazer para evitar o agravamento da lesão até que seja decidido o tratamento definitivo? A lesão do nervo (paralisia nervosa) leva a perda de função do músculo, portanto o membro acometido, poderá assumir posições viciosas( não normais), como por exemplo, a rotação para dentro (interna) de todo o membro superior, além de eventual rigidez de articulações. Portanto, além do tratamento dos nervos, é fundamental o processo de reabilitação, com exercícios e eventualmente o uso de aparelhos(órteses) que possam ajudar no melhor posicionamento do membro. O tempo decorrido entre a instalação da paralisia nervosa e o início do tratamento é importante? Sem dúvida, o diagnóstico precoce, estadiamento da lesão(graduação da extensão e localização do desligamento do nervo) e estabelecimento de um programa de tratamento faz toda a diferença para conseguir um melhor resultado A cirurgia é sempre necessária na paralisia obstétrica? Como já foi falado anteriormente, o desligamento dos nervos na paralisia obstétrica pode ocorrer em graus diferentes, portanto somente mediante uma boa avaliação clínica, e um acompanhamento sequencial é que podemos definir sobre a necessidade ou não do tratamento cirúrgico. O que eu posso esperar do tratamento da paralisia obstétrica? Sabemos que este tipo de lesão dos nervos do plexo braquial, é um quadro grave e como tal merece uma atenção muito especial. Contudo, devemos salientar que a diferença de resultados obtidos entre crianças tratadas e as não tratadas é enorme. As crianças tem um potencial de regeneração nervosa (recuperação nervosa ) que muitas vezes é surpreendente, o que vale dizer que o tratamento adequado faz toda a diferença, visando a tornar o membro acometido funcional(útil para as funções diárias)
Porque o osso escafoide é tão importante no punho? O funcionamento mecânico do punho se assemelha muito a uma engrenagem, formada por várias peças, todas elas interligadas. Se alguma delas falhar todo o mecanismo de funcionamento do punho estará comprometido. O escafoide é um dos ossos que compõem a articulação do punho, e tem um papel fundamental nesta engrenagem. Qual a relação entre a pseudoartrose do escafóide com o chamado pulso aberto? O termo pulso aberto, citado por leigos, engloba vários problemas relacionados ao punho, dentre eles aqueles que incluem o escafoide quebrado(fraturado) ou porque ele não consolidou após uma fratura. Porque o escafoide tem dificuldade de consolidar? Este osso do punho tem característica anatômicas(estruturais) e da sua circulação(vascularização) que o predispõe a não consolidação, após um eventual fratura. Dependendo do local da fratura, da presença ou não de desvio podemos ter uma maior incidência de retardo de consolidação ou mesmo pseudoartrose (não consolidação do escafoide). Em termos gerais podemos dizer que a pseudoartrose ocorre quando o osso escafoide não consolida(escafoide não gruda), levando a sua maior mobilidade, que se manifesta com quadro doloroso no punho. Como eu posso fazer para evitar a não consolidação do escafoide? Como tudo começa com uma fratura do escafoide, é de suma importância o seu tratamento rigoroso, seja com o uso de imobilização gessada pelo período necessário ou mesmo quando da indicação de fixação cirúrgica da fratura. Desta forma estaremos evitando a não consolidação do escafoide. Qual o melhor tipo de tratamento para a pseudoartrose do escafoide? Quando o quadro já está instalado, temos a cirurgia, na maioria dos casos, como o tratamento de escolha, contudo a técnica cirúrgica a ser utilizada pode variar conforme o tipo da pseudoartrose. Um dos pontos fundamentais para definir a forma de tratamento se refere a quantidade de perda óssea e a presença de osteonecrose (osso morto do escafóide) Qual o tipo de pseudoartrose do escafoide que precisa de enxerto ósseo? Na maioria delas é necessário além da fixação do osso, a colocação de enxerto ósseo, que pode ser obtido da região do quadril( do osso ilíaco) ou mesmo do osso próximo ao punho(rádio). O enxerto vai ajudar no processo de consolidação Enxerto ósseo vascularizado ou convencional, qual é a diferença? Em alguns tipos de pseudoartrose do escafoide, observamos que uma parte do osso não apresenta boa circulação, ou seja, o sangue não chega até o osso(osso morto do escafoide), portanto falamos em osteonecrose(falta de vascularização óssea). Nesses casos, pode haver a indicação do uso de enxerto ósseo vascularizado, ou seja, que tem circulação própria, independente do lugar onde o estamos colocando. A decisão para o uso ou não de enxerto, vascularizado ou não, deve seguir critérios médicos específicos.
Como posso evitar a rigidez articular? Isto só é possível através de um conjunto de medidas que vão a correta indicação do tratamento seja ele conservador ou cirúrgico, o início precoce do processo de reabilitação funcional e na vigência de qualquer sinal de evolução desfavorável deverá ser identificado o fator causal e incrementar o tratamento de reabilitação Qual a importância do processo de reabilitação funcional na cirurgia da mão? Os tratamentos das lesões da mão incluem o seguimento médico, contudo o processo de reabilitação funcional é fundamental, sem o qual não conseguimos atingir os objetivos de restituição da mobilidade articular e melhora do quadro doloroso. Neste caso recorremos a terapia ocupacional, que tem profissionais com especialização em cirurgia da mão, e que estão aptos para orientar a abordagem global do paciente no processo de reabilitação. O uso de imobilizadores ou aparelhos dinâmicos (órteses) é importante na cirurgia da mão? Este é outro aspecto fundamental no tratamento de pacientes com afecções da mão, pois frequentemente há necessidade de se recorrer ao uso destes aparelhos (órtese) como um complemento ao tratamento de reabilitação funcional.
A sindactilia é uma má formação congênita rara, em que dois ou mais dedos, das mãos ou dos pés, nascem grudados. A condição pode ocorrer tanto em partes moles (sindactilia cutânea) quanto em ossos (sinostose).
Causas
Não se sabe ao certo quais são as causas da sindactilia. Elas podem ser várias – desde uma anormalidade herdada de um dos pais até o resultado de uma alteração genética, ocorrida durante a fase embrionária.
“Acredita-se que esta alteração ocorra entre a sexta e oitava semana de gestação e que um dos medicamentos que pode estar associado a essa mutação pode ser a hidantoína, que eventualmente pode estar sendo usada pela mãe durante a gestação. No entanto, não existem ainda evidências de alto nível científico que confirmem esta associação”, explica o cirurgião de mão e microcirurgia do Hcor Marcelo Rosa de Rezende.
A sindactilia pode vir acompanhada, também, de outras condições, como a síndrome de Down entre outras extremamente raras, como:
Tipos
Os tipos mais comuns de sindactilia são:
E ela pode ser:
Diagnóstico
O diagnóstico da sindactilia pode ser feito ainda no pré-natal, durante o exame de ultrassom entre a sexta e a oitava semana de gestação, ou no nascimento do bebê. Para confirmar o diagnóstico o pediatra pode solicitar a realização de outros exames para descartar outras síndromes ou condições de saúde.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a sindactilia são:
TRATAMENTO
O tratamento para sindactilia consiste em uma cirurgia para separar os dedos unidos. O tempo ideal para realizar a cirurgia em bebês com sindactilia na mão deve ser discutido com o especialista, como explica Marcelo Rosa. “Normalmente, temos como regra geral considerar a cirurgia entre 16 e 18 meses, quando a criança já ganhou mais peso e tanto a abordagem cirúrgica quanto a anestésica ficam mais facilitadas”.
“O objetivo da cirurgia de sindactilia consiste na separação dos dedos, seguida da reconstrução das partes moles, com enxerto ou retalho, evitando a recidiva da deformidade. Trata-se de uma cirurgia bastante delicada, pois temos de identificar e preservar os vasos e nervos e fazer a devida separação para cada um dos dedos”, informa o médico.
Pacientes que possuem vários dedos afetados muitas vezes precisam mais de um procedimento cirúrgico para a separação completa. Em alguns casos, durante a recuperação, pode ser necessário o uso de talas para imobilização e sessões de fisioterapia.
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